Chegar mais a sul

Há um dia em que tudo muda porque percebemos num olhar desconhecido, num gesto diferente, que agora temos na vida a nossa primeira melhor amiga.  Aprendemos uma noção insuspeitada de prazer e de conforto, esperamo-las de manhã, deitamo-nos juntas, abrimos-lhes as casas e os corações, sentamo-nos a fumar cigarros clandestinos quando a normalidade dorme e a falar de como é que se dão beijos, de vergonhas e de medos, de humilhações profundas e dramas ingentes. Escrevemos cartas durante as férias, inventamos códigos, depois descobrimos a punhalada da traição e a fantasia da revolta, já não é as minha melhor amiga, não agora sou a melhor amiga da outra.  / Ponto Pé de Flor, de Clara Pinto Correia, 1990 Este é um livro que me ficou na memória. Que fala sobre mulheres.  E amizades.  As verdadeiras.                                        

Sinto que tudo está sempre em permanente mudança.  E o que foi não volta a ser. Mas, faço por acreditar que o melhor está para vir.  Apesar das pausas a que todos os caminhos obrigam.

A poesia gosta de acordar cedo / para ouvir os pássaros a cantar/ e os rios a correr/ e os sonhos a acordar / dentro da cabeça / de quem não os quer deixar morrer A poesia tem uma casa / que não é grande nem pequena / pois tem sempre o tamanho / que tem cada  poema   "A Casa da Poesia", de José Jorge Letria,  foi o ultimo livro que o Duarte escolheu para trazer da Biblioteca da Escola. Começa agora a perceber, que a  poesia é assim como a música. Podemos encontrá-la em todo o lado.  Hoje, encontramo-la neste livro, mas também no passeio por Monchique, nas camélias (e magnólias!), nos caminhos (alguns íngremes), no ventinho fresco e cortante da manhã na serra. Na amizade de quem nos acompanhou.  No chá e nos scones à monchiquense, com geleia de medronho. Encontramos a poesia naquele bonito comboio azul, carregadinho até mais não, de pessoas  com vontade de ver flores!   Na nossa casa da poesia,  é benvinda toda a emoção que vier por bem! E se essa emoção for mi

De tanto que te tenho dito nestes anos em que te vais transformando de menina em mulher, já não sei bem que acrescentar.  Nem sei se é preciso.  Sei apenas que o que sinto se repete até ao infinito e mais além . Por isso, neste dia em que voltaste a sair, pisando mais um trilho daquele que há-de vir a ser um caminho maior, recordo-te o que também eu me reitero: Toda a mulher é forte. Algumas só não conhecem a sua força.  não importa o que és ou como és. não importa que nome têm os teus erros, em que morada vivem os teus medos, quantas vezes os teus olhos se enchem de mar, se são muros ou montanhas que te assustam. eu, vou estar sempre aqui, ao teu lado.

E quando a ordem do dia dita que se repita até à exaustão (e tem mesmo de ser)   we are all one, insisto eu também que o objetivo final é que todos nós sejamos iluminados pois somos todos iguais.   Nós somos todos um .

«não é que seja exactamente corajoso, o meu coração. o que ele tem de especial (para mim) é que não ocupa espaço com mágoas, rancores ou desilusões. quando me apercebo, ali está ele de novo, a acreditar, a confiar, a planear. com um sorriso de orelha a orelha, um bater compassado e a frescura de um coração que parece nunca ter sido magoado. claro que se vêem umas cicatrizes aqui e ali, as cicatrizes não morrem. mas o meu coração, de tão determinado que é, nem se lembra que elas ali estão. e eu, para dizer a verdade, também não. não é teimosia deste meu coração, é mesmo vontade de ser feliz, de acreditar, de bater com força e vontade. o meu coração gosta de acreditar. nas pessoas, no lado bom de tudo, no amor, na vida. e eu, eu também.» | ana jácomo | Gosto sim, de acreditar na vida e no futuro. Acreditar que o melhor está para vir. Acreditar em coisas novas e no que de bom podem trazer-me. Mesmo que, lá bem no fundo, saiba que não se encontra (tudo) o que se procura. Estou a

... esta música que dispõe tão bem! (oferecida pelo meu amigo Carlos M.  que sabe das coisas da música como ninguém.)   aproveito ao segundo tudo aquilo que este mundo faz para me surpreender! :)   Apesar das complexidades do quotidiano e do cinzento de alguns dias, eis que debaixo do nevoeiro surge o sol.  É só estar à espreita. Todos os dias trazem alguma coisa.   /in  às nove no meu blog