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Mensagens

A mostrar mensagens de 2018

adeus novembro, até depois!

começámos novembro com receios e tristeza.  a minha mãe foi, inesperadamente, operada duas vezes. permaneceu no hospital durante todo o mês.  seguem-se dias ainda difíceis, mas (acreditamos) o pior já passou.  a minha irmã prosseguiu os tratamentos, que parecem intermináveis, mas que vão chegar ao fim. no trabalho, repetiram-se complexidades e (ainda) maior número de afazeres. o Duarte encheu-nos os dias com tarefas (e emoções) que tivemos de acompanhar.  a Inês, mesmo longe, preencheu-nos os pensamentos.  percebo que o cordão umbilical é um  fio que não se corta.  confirmo que o elo que nos une fica para sempre.  por vezes o coração dói, sim.   acima de tudo a família.  e acreditar no  Amor, que é uma equação de variáveis infinitas.

Laços de sangue...

Ontem, tirei algumas fotos do baú. As que vi em maior número mostravam laços de sangue.  Intemporais. E confirmei que a nossa melhor obra foi esta: tê-los tornado irmãos.  Os irmãos não prometem amar-se na saúde e na doença até que a morte os separe. Não precisam: quer prometam quer não, quer queiram quer não, é mesmo assim que vão viver.    Com os irmãos, ao contrário do que acontece com todas as outras pessoas, também não precisamos de falar: basta estar. Se falarmos e rirmos uns com os outros, melhor, é uma espécie de bónus; se discutirmos, melhor ainda: quer dizer que podemos, quer dizer que somos tão irmãos que até podemos discutir violentamente e continuar a ser irmãos. Até ao fim. ( Inês Teotónio Pereira )  

meu enorme mês de outubro...

outubro foi um mês incrível.   vivemos os dias sem intervalos. muitos momentos a transpor barreiras.  deixámos  a Inês, feliz, a mais de 500 kms de casa.  aqui, o ninho ficou mais vazio.  algumas batalhas agora vencidas. não desitimos de acreditar e de trabalhar (muito) pelos nossos objetivos. mesmo quando tudo era improvável e incerto.  persiste a força de andarmos, juntos, com a vida para a frente.   o Duarte tem muito de surpreendente e bom. é (ainda) um miúdo e dá-nos que fazer.  há dias em que nos aborrecemos.  depois temos o abraço, o sorriso e os olhos enormes daquele amor. Em outubro, confirmámos que a vida não espera por ninguém.   Continuamos a (tentar) evitar que ela passe por nós sem darmos por isso.

(acredito nisto) da felicidade nas pequenas coisas...

os outonos a repetir-se.  e nós aqui. " (...) é tão bom saber que foi há muito tempo e que nós continuamos aqui, a ver a vida a ser dura e a ser leve, a ser mais cheia e, às vezes, mais vazia, a trazer tudo o que nos surpreende, o que nos centra e o que nos belisca os sentidos no meio das tantas coisas que nos acontecem.  e nós aqui. "  // às nove no meu blogue (foto tirada há dois anos... já estava mais frio. de resto, tudo igual. ou quase. ;) )

deste mês de setembro...

(Para mais tarde recordar) Houve momentos bons com dias azuis e soalheiros. Houve momentos maus com dias compridos e noites de insónia. Houve momentos de uma espécie de resgate da alma e do coração. Mas, seja lá como for, dizemos: é por aqui, este é o caminho.  E quando for para pedir, é só isto: que nunca nos falte o amor. 

Mexe-te...!☺

Ontem foi o primeiro dia da Semana Europeia da Mobilidade. Esta é uma causa que merece lembrança pois mobilidade e sustentabilidade são mais do que conceitos.  É essencial que nos movimentemos diariamente, preferencialmente sendo "amigos do ambiente".  É difícil pensar que não o podemos fazer. Há então que aproveitar a dádiva! Ocorreu-me este tipo de pensamentos quando, antes das 9h da manhã, iniciei o percurso a partir da ponte do comboio até à Praia da Rocha.  Este ano tenho feito menos vezes este passeio.  Mas ontem recomecei.  E é bom saber que está ali, acessível.  Já de volta, perto da Casa Inglesa, "apareceu-me" o Luís.  A regressar da sua corrida até à Praia do Alemão.  O encontro impeliu-me a correr também... uns 200m!☺   Uma maneira ótima de começar o domingo.  E de agradecer o facto de estarmos vivos.  Com a capacidade de nos mexermos conforme queremos.  Não há mobilidade mais "amiga do ambiente" do que andar a pé ou correr.  Ainda po

(a)gosto em S. Miguel: todos os meses trazem tanta coisa

agosto ficou no dia de ontem. trabalhámos quinze dias. com vontade de parar. parámos, a desejo, no meio do mês. preparámos as comidas e os dias de "sózinha em casa" da mãe-avó de 87. fizemos as malas. seguimos os quatro. gente de sul fomos mais a norte. estrada, aeroporto, avião. depois céu açoriano com o atlântico ali ao pé.  trilhos, verde e azul intensos, tempo insular e vacas felizes. uma terra nostra a descobrir repleta de hortênsias e ananases. nós caminhantes fazendo caminho a andar.  águas claras para nadar e areia cinzenta para guardar.  arte de rua que se toca e nos estremece.  néctares do Pico que fazem apetecer um futuro próximo.  rocha vulcânica (no sabor) e no olhar,  partout.  sim, é caloroso. sim, é tropical. sim, é mágico. e é já saudade de regresso.  estarmos juntos ali, onde o paraíso acontece... chegou setembro. para recomeçar mais a sul.  sem angústia e sem pressa.                                                

todos os meses trazem tanta coisa...

julho, que parecia enorme, passou a correr.  houve amigos do Duarte em casa.  a Inês foi a mais um Sumol da Ericeira. chegou o resultado feliz da minha mamografia.  a minha irmã tem hoje o seu terceiro tratamento.  o exame escolar da Inês teve resultado positivo.  tivemos a festa de finalistas do Duarte.  o Luís comprou-lhe o primeiro telemóvel.  tive um achaque que me levou ao hospital e a duas injeções.  a minha mãe veio para a nossa casa.  o trabalho trouxe-me umas chatices.  senti-me sozinha às vezes.  recebi um visita alentejana inesperada e boa.  mergulhei na piscina e no mar.  uma amiga foi submetida a uma cirurgia.  a minha sobrinha Catarina fez 26 anos. o sobrinho-neto Gonçalo comemorou o quarto aniversário. e a afilhada Matilde o décimo quarto. tivemos saudades de todos.  diverti-me no jantar zumbástico .  e gostei da festa da dança do Duarte.  a Inês tem trabalhado dez horas por dia.  o Luís e eu continuamos a dar as mãos, apesar das crises .  e ainda gostamos de gaivotas

aprender a viajar...

Das coisas que espero deixar como ensinamento para os meus filhos, há uma que gostaria que (também) sentissem como importante: viajar é olhar .  Sophia de Mello Breyner educou os filhos a sentir esta obrigatoriedade de olhar quando se viaja.  E transmitiu a Miguel: "Vemos tanto mais quanto a nossa disponibilidade de ver: viajamos para dentro de nós, primeiro que tudo."  É isto que encontramos em certos locais, como Sevilha. O prazer de uma espécie de viagem interior.  Uma Sevilha (revisitada) que nos permite olhar para dentro de nós. Olhar as luzes e as sombras que nos habitam.  Há um certo conforto quente que se sente ao chegar ali. Há um buscar de paladares e cheiros que nos saciam e que penetram em primeiro lugar o olhar.  Há um deslumbramento nos movimentos, na música que emana das ruas e que parece sempre ter cambiantes vermelhas ou ocres. Há instantes mágicos nas madrugadas e sensualidade no roçar das buganvílias e sardinheiras nas paredes. Há policromia

alguma coisa me acontece em junho...

este ano junho está diferente.  as noites ainda não estão quentes e a lua não ficou redonda e luminosa como dantes.  o sol parece estar tristonho e nós à procura do que ainda não encontrámos.   a sul, os receios não são infundados, mas as crenças têm de ser maiores que os medos.    este ano junho está diferente.   sabemos que este mês tem de significar carinho e saudade.  ficamos à espera dos solstício para depois recomeçar.  queremos, de novo, celebrar este chegar mais a sul .  porque viver é largar  e seguir em frente.   este ano junho está diferente.   mas com ele há-de trazer, outra vez, mudanças positivas.  e havemos de voar por cima das coisas más. 

o que fica do que passa...

Gosto tanto de continuar a aprender. Fico verdadeiramente contente quando, na confusão dos dias, consigo abrir uma brecha para a aprendizagem. Numa semana das difíceis foi, todavia, possível estar com novas pessoas e recolher ensinamentos. O ser humano só é capaz de grandes feitos quando concretiza coisas em conjunto. Confirmei isto na formação de dois dias em Faro.  Reconfirmei ao pé de outras mães (e pais) da Escola do Duarte. E o que me ficou desta semana (que passou a corrrer) foi isto:  todo o bom desempenho começa com objetivos bem definidos;  se não mudarmos de direção estamos sujeitos a acabar onde começámos;  a direção é mais importante do que a velocidade.  Registei particularmente estas duas frases:  " Se acreditares que és capaz, tens razão.  Se acreditares que não és capaz, tens razão."  Somos nós que decidimos. Precisamos de re(pensar), re(parar), re(começar), re(construir).  Faz sentido, não faz? 

lugares de hoje e de sempre...

Todos temos lugares onde a vida se acerta. Voltar ali, onde sinto as raízes e o pulsar da minha própria natureza é, repetidamente, mágico. A nortada no rosto e no cabelo, o cheiro a maresia e a estevas, os tons de azul do mar e do  céu, a policromia de base verde do campo, tudo é um regresso às boas memórias e à árvore da família que me deu vida. Aquele é, certamente, um dos lugares onde a minha vida se acerta.  Um lugar onde volto para ser feliz.

e de maneiras que é isto...

apaziguar verbo 1.  pôr(-se) em paz; pacificar(-se), aquietar(-se), acalmar(-se). 2.  pôr-(se) em acordo; reconciliar(-se), harmonizar(-se). Difícil de conjugar e ainda mais de pôr em prática.  Mas o foco tem de ser este.   Sempre com os olhos virados para o futuro.  Encorajando-nos a aceitar tanto os altos como os baixos.  Porque há muitos dias em que não vencemos.   Mas não podemos desistir de recomeçar.  E de a paziguar.

em março...

Os dias voltam a ser maiores.   Como os planos. Contudo, nada parece fácil.  Há perguntas complicadas. Mas, há também certezas inabaláveis.  E é constante o conceito de verdade.  Talvez as respostas sejam, afinal, simples. Certo é que temos que continuar a dar o nosso melhor.  A única coisa que devemos fazer quando a vida nos pede mais.   Acreditando que a luz de março se vai tornar forte.  E que vamos poder voar sobre os males do mundo.  

enquanto houver ventos e mar a gente não vai parar...

a verdade é que hoje cheguei com vontade de gritar... depois olhei à minha volta.  olhei para o alto. olhei para dentro. e sobreveio o poder transformador do amor e da bondade.  a minha é, afinal, uma vida boa!  enquanto houver ventos e mar a gente não vai parar. se a intenção do teu coração for a do Bem, não tens que te preocupar com nada. 

Encontros e Despedidas, uma viagem com dois lados

Coisas de hoje...

... o sul é um estado de espírito bom.  É aqui que as estações do ano são mais suaves e que a primavera e o verão tornam os dias (ainda mais) fantásticos. Aqui, dou por mim a criar cumplicidades.  Com o céu, com as gaivotas, com o rio e com o mar.   As manhãs e as tardes são carregadas de luzes e sombras mágicas.   Estou agora à espera das noites em  que  "as estrelas romperão por entre os ramos e folhas e falarão connosco, como as estrelas costumam fazer quando se está atento."   "É preciso viver sempre com um projeto para a frente." 

e de maneiras que é isto...

(...) Há que seguir. Sempre. E quanto mais se segue e descobre mais difícil é parar. Já não se pode voltar atrás. Nunca. Nada volta para trás. Tudo evolui, se regenera, se transforma.  Sigamos então caminho, ao nosso ritmo, mas sem esquecer os ritmos que nos unem a todos. Lembremo-nos que as coisas mais simples e verdadeiras são a substância do Amor.  

ontem à noite...

... arranjei-me muito a custo e saí de casa para ir ao Pavilhão do Arade, ali do outro lado da ponte.  Foi uma saída talvez pouco ponderada depois dos picos febris dos últimos dias e da fragilidade que tenho sentido...  Mas, com os bilhetes comprados há duas semanas, a "devorar" o CD "À noite", mais um outro que gravou com Bernardo Sassetti e, nesta última semana, também a ouvir o trabalho "Fado Maestro" (emprestado pela Ana C. Lopes:) e sem ter nunca assistido a Carlos do Carmo ao vivo, aventurei-me. Ainda bem que fomos!  Foi de facto um privilégio e ficará guardado na "caixinha" dos concertos memoráveis.  Aquela voz maravilhosa, quente, profunda.  A classe da presença.  A escolha dos poemas.  O brio dos senhores da cordas.    O Fado é grande e fica enorme com Carlos do Carmo.  Um verdadeiro Senhor e o Embaixador maior desta nossa canção nacional, património do mundo. Quem (ainda) possa pensar que não aprecia Fado, é obrigatório

em janeiro, a recomeçar...

... e a dar novas pinceladas ao blogue, talvez mesmo um novo impulso aos seus conteúdos. Recomeçar é dar nova cor.  Abrir mais os olhos, os ouvidos e o coração. Renovar a esperança.  Regressar à essência de  chegar mais a sul. Porque às vezes é preciso permitirmo-nos fazer as coisas só porque sim. ou porque nos apetece - e porque, afinal, não há nenhum bom motivo para não as fazermos. 

Na lista dos meus desejos.....

Continuar a ter no amor o oxigénio de cada um dos meus dias.