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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2015

Gosto/Não Gosto....

Gosto de ter chegado a Alvito atrás de um sonho. Não gosto de sentir que, por vezes, a realidade é afinal distante. Gosto de pensar que ainda posso viver o tal sonho. Gosto de gostar de Alvito. Não gosto de, às vezes, ser obrigada a não gostar. Não gosto de não poder dizer o que penso. Gosto de lutar por aquilo em que acredito . Não gosto de não poder acreditar em certas pessoas. Gosto do céu muito azul das manhãs de primavera em Alvito. Gosto das cores das flores na primavera de Alvito. Gosto dos vizinhos da minha rua e também de outros de outras ruas que não a minha. Gosto de ver o Castelo da minha janela. Gosto de viver numa vila com Castelo . Não gosto de pensar que os Alvitenses vivem à sombra do Castelo. Gosto muito da lua cheia e intensa a espreitar no céu negro do meu quintal. Gosto das luzes da Matriz e de S. Sebastião. Não gosto da falta de luz de Sta. Luzia e Sto. António. Gosto de descer em passo de corrida a Rua do Salvador e atravessar o Rossio e as Alcaçarias ao

em paz...

Beleza rara. Música mágica e no tom. Como um poema de Drummond. Depois do turbilhão de emoções (mais um) que foi este dia, fiquei em paz.   " There is always something left to love.” Gabriel García Márquez Caminhar sem perder o foco.

they are crazy, but that's ok :)

O dia a dia sózinha com eles e as suas diferenças de idade tem-me dado que fazer nestes seis meses a solo .  São ambos gente obstinada e cheia de certezas ou não fossem desse signo que dizem que tem isso tudo...e mais! Ufa, que aturar dois carneiros é dose! Mas depois, há sempre um momento em que ficam serenos.  E então, olho para ambos e lembro-me de uma das músicas das nossas vidas.  E alguma coisa acontece no meu coração ... e gosto muito de ver os meus leõezinhos:)  Apesar de serem um bocado crazy são eles que acertam e orientam o meu mundo.

os nossos lugares...

  Todos temos um lugar onde a vida se acerta. Cada mundo tem um centro. O meu lugar não é melhor do que o teu, não é mais importante. Os nossos lugares não podem ser comparados porque são demasiado íntimos. Onde existem, só nós os podemos ver. Há muitas camadas de invisível sobre as formas que todos distinguem. Não vale a pena explicarmos o nosso lugar, ninguém vai entendê-lo. As palavras não aguentam o peso dessa verdade, terra fértil que vem do passado mais remoto, nascente que se estende até ao futuro sem morte.                              Resumo destes últimos dias: nada é fácil, mas é possível.  É preciso muito mais do que boa vontade e pensamento positivo para fazer acontecer as coisas. E mesmo sem certezas, é necessário não parar de trabalhar.   (...) cuidar bem do que é verdadeiro e deixar o resto passar.   Porque é preciso esforço para transpor a linha de partida. 

Cheers to you, Luís!

. .. com Joe Jackson e uma das primeiras músicas que trouxeste para a minha vida. Daquelas que me começaram a desvendar que podíamos vir a ter o mesmo comprimento de onda :) ou a  confirmação de que não se ama alguém que não ouve a mesma canção !   PARABÉNS! You're my baby, yes!  Tenho a certeza de que tudo tem mais sentido porque simplesmente tu existes !

apetecia-me ...

... estar já junto ao rio e ao mar  e a ouvir esta canção de embalar.   Ainda não é hoje.  Mas já falta  pouco.

das questões difíceis mas com resposta...

Estes dias são de recordações. Algumas dolorosas. Dias de discussões. Algumas desgastantes. Mas são também dias em que temos de ir bem ao fundo de nós.  Recolher as forças que, até agora,  têm estado lá sempre, para continuarmos a trabalhar em prol do nosso maior bem, a liberdade. É difícil ir?  O mais difícil é chegar à linha de partida. (Concordo com Ricardo Diniz, o navegar solitário   https://pt-br.facebook.com/ricardodinizportugal) Life isn't about waiting for the storm to pass... It´s about learning to dance in the rain.  

Pai...

Foi há quinze anos que eu soube que já nada seria como dantes. Recordo sempre aqueles dias. Foram muitos os que demorei até conseguir secar as lágrimas. Sinto tantas saudades suas.  Percebo que a alma também dói quando penso em tudo o que não chegámos a viver.  Naquele 17 de junho,  perguntei-me como poderia o mundo continuar a girar sem a sua presença... Como?? Obrigada pela paciência, exigência, honestidade, humildade. Pelos sorrisos de consentimento e de orgulho.  E por me ter ensinado a nadar na Meia-Praia e ter ido comigo e as minhas amigas ao "banho 29" :)    Faz-me tanta falta, pai.  Nunca o esquecerei. Gostava que o céu tivesse horário de visita...         ... e que pudesse ouvir uma das suas cantoras preferidas.                                                               

e de maneiras que é isto...

Um dia ofereceste-me um marcador de livros que dizia: um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo pode ser um irmão.   Eu acreditei.  Hoje passados tantos anos, altos e baixos, momentos bons outros maus, partilhas muitas vezes e desapegos outras tantas, o que me vem mais à memória são as primeiras fotos que tiraste ao Duarte ainda na minha barriga... e outras fotos de um passeio que fizemos com o António João e com a Inês a Lisboa em 2009... Imagens de um tempo bom a todos os níveis! Não quero guardar as nossas coisas mais "parvas":) que são, lá bem no fundo, coisas de mulheres de signos de ar e - também por isso - com muitos desvarios!  Prefiro guardar-te de outra maneira, mais ton sur ton.  Com as imagens, palavras e músicas que vivemos nestes 14 anos. Já agora, muitos parabéns, mesmo atrasados.  Foi bonita a festa! :) E não te esqueças de dançar como se ninguém te estivesse a ver e de amar como se nunca te tivessem magoado. Não adiar o amor. Uma recon

vai sem medo...

há sempre um recomeço

quero apenas cinco coisas...

A verdade é que nunca passámos tanto tempo afastados.  Nem há 15 anos quando te comecei a dizer acho que nos devíamos ir embora daqui ... Naquela altura tudo foi - ou pelo menos parece-me agora que foi - bem mais simples.  Éramos "só" três, éramos muito mais jovens, a conjuntura (palavra terrível) era outra. O lugar era diferente.  E eu  estava acompanhada de alguma família, mesmo na tua ausência... Agora há, em vários aspectos, sinais indesmentíveis da passagem do tempo e do fim de alguns dos sonhos que nos moveram. Agora, apenas a certeza de  que "eu te guardo e tu me guardas", torna suportável o facto de só nos abraçarmos de quinze em quinze dias.  E por isso... Quero apenas cinco coisas… Primeiro é o amor sem fim A segunda é ver o Outono A terceira é o grave Inverno Em quarto lugar o Verão A quinta coisa são teus olhos Não quero dormir sem teus olhos. Não quero ser… sem que me olhes. Abro mão da Primavera para que me continues

Believe

Há alturas na vida em que só precisamos de mudar de (l)atitude. Ter essa coragem. Sair um bocadinho da nossa zona de conforto e permitir que o princípio também possa ter meio, tempo de maturação. Desejar que o fim seja só o dos livros e dos filmes que nos fazem suspirar; aceitar que não estamos sempre certos, que a razão não vive sempre do nosso lado e que a vida não é sempre boa e cor de rosa. Interiorizar que mudar não é desistir. Pelo contrário. Mudar implica força e coragem. E juntar o ingrediente mais difícil: acreditar. Estou com expectativas muito positivas em relação ao dia 9.  Espero ouvir, para tentar interiorizar, palavras incisivas como as do texto acima, da Sofia Castro Fernandes. Eu acredito. 

à descoberta do Alentejo...

Nestes dias entre cá e lá, há ainda momentos de agradável descoberta.   Esta semana aconteceu descobrir, finalmente:), o Monte da Serra (em Vila Nova da Baronia) e os seus muito simpáticos e acolhedores anfitriões. Foi no dia do aniversário da querida Ana Dias, a única mulher de cabelo vermelho que vive em Alvito! :)   Uma vista deslumbrante, um gosto irrepreensível na decoração e um dos mais bonitos entardeceres do Alentejo, seguramente.  Gostei de tudo, a começar, claro, pela óptima companhia.   Na mesa apresentaram-se os queijos e enchidos (estes finamente cortados, como eu gosto), os espargos, os cogumelos salteados, as quiches de legumes e atum...  e o salmão, senhores, a enorme travessa de salmão fumado que foi (como é quase sempre) o meu must!  Ainda havia mais, mas destaco aquilo que repeti mais vezes:)       E depois havia o vinho!  Que néctar transparente, escorregadio, frutado, fresco. Duorum de seu nome, que no Alentejo profundo também há quem goste

da paciência...

(...) Saber ser paciente devia dar direito a um 20 para quem aprende a falar no tempo certo, a avançar no tempo certo, a escolher no tempo certo, a zangar-se no tempo certo, a amar no tempo certo, a proteger-se no tempo certo, a ouvir, a responder, a calar, a chorar, a doer e a desapegar... tudo, no tempo certo. Porque quem aprende a ser paciente aprende, também a ser confiante. A ser seguro. A querer o bem. A plantar o bem. E a saber que (só assim) o resto vem. Há um tempo para todas as coisas.

o nosso mundo...

(...) mas olha bem para dentro desse Mundo vê lá se vês pessoas a passar, se nós quisermos todos, se nós quisermos todos, o Mundo pode ser uma canção pra se cantar...   O Mundo é uma bola de algodão que está na nossa mão e fica bem melhor se tu sorris. O Mundo é uma bola de algodão que está na nossa mão que está na nossa mão fazer feliz.   Hoje acordei assim:) Quando se tem um filho da idade do meu e uma idade como a minha...ups...acontece ir por vezes buscar canções ao baú e cantá-las ao rapaz.  Já se sabe que isto das cantorias é algo que me assiste .  E também acredito que é uma forma pedagógica e fácil de dar a conhecer certas coisas.   Esta canção, que era suavemente cantada pelo Joel Branco, é uma das muitas canções que me traz lembranças boas e que considero intemporal.  O puto gosta, a mana velha também já gostou e eu vou assim combatendo o esquecimento.:) E volto a ser criança. Como, no fundo, me apetecia ser sempre.   A propósito disto

Tanto...

Alguns dias sem vir aqui.  Faz-me falta, mas o tempo agora parece não ser suficiente. Muitos preparativos para chegar mais a sul.  Muitos pensamentos a ocupar-me os dias.  Muitos dias repletos de meses dentro.  E tantas alterações que é preciso fazer acontecer.  De moradas, de escolas, de empregos, de destinos.  E de vidas - as nossas - que não cabem dentro de caixas... Vai ser mais um mês difícil.  Talvez  o pior de todos, após o início deste percurso.  Já sinto o rio, já antevejo o mar, já só penso em sal, sol e areia.  E gaivotas nas manhãs e nas tardes.  E nortada e sueste.  E mar calmo e mergulhos. E cheiro a maresia.   Contudo, o caminho que percorro entre o Castelo, o Pelourinho, a Praça e o Relógio continua a cada dia.  E as horas, implacáveis, parecem não passar.  Entre cá e lá.  São momentos de incontornáveis balanços.  De gosto/não gosto. Não consigo deixar de interrogar-me sobre qual a bagagem emocional que vou deixar para trás e sobre que memórias e/ou pessoas m