Chegar mais a sul

Com as minhas primas.  As melhores de sempre e para sempre.  Há um mundo de sentimentos e de memórias boas que nos une.   Laços daqueles que são para manter e tornar cada vez mais fortes.     O tio mais encantador que se pode ter.  A menos de dois meses de fazer 98 anos, é dos melhores conversadores que conhecemos.  É um orgulho ter um tio assim.   A Inês gosta imenso de falar com este querido tio-avô.  O Duarte fez este Natal a soma de todos os primos e primas.  Tem 12, diz ele! :-) E estas primas estão decerto entre as mais amigas.

Com a Susana no Hotel Monte Santo. Foi a Susana que me "levou" para a Zumba e por isso ainda gosto mais dela! :-)  

Aqui foi no dia 12, o almoço de Natal do IEFP/Barlavento no  Hotel Monte Santo Resort no Carvoeiro!   Alguma da “Família” IEFP.  O Diretor, o senhor da gola J tem uma frase preferencial  de motivação: " O vosso sucesso é o meu sucesso !”.  Diz isto muitas vezes e utiliza também no seu discurso algumas metáforas ... diria, surpreendentes!    E depois há o (muito) embrionário Grupo Coral Polifónico do Centro de Emprego do Barlavento! ah ahah!  Quem bem me conhece, sabe que a "coisa" tinha de dar em cantorias!  Santa Claus is coming to town, oh, oh, oh!  

... porque há sempre coisas boas por perto à espera de serem encontradas.

  ... que voltaram assim, juntinhos.  Há poucas coisas de que eu, verdadeiramente, goste mais do que de música, poesia e sentimento. Sim, pode ser o meu presente de natal:-) No need for more.

... é aqui que está.  É a visão deste céu e deste mar que me ajuda a ir fazendo, petit a petit , aquilo que me dá mais impulso e energia.  Tal como ir agora ali dançar  um bocadinho. Adoro.

"Vou-te dizer um segredo. Este vai ser o Natal mais feliz da minha vida." Perguntei-lhe porquê. Respondeu: "É porque agora já estamos aqui". O Duarte e os seus sete anos (e meio) de vida e de sabedoria. O Duarte sempre a querer que chegue o Natal. Ontem foi dia de montar a árvore, de distribuir algumas decorações antigas pela casa nova, de começar a "degustação" dos chocolatinhos de leite. E de ouvir Diana Krall, que acompanha a nossa quadra desde há muito. Entretanto, está muito sol e ainda algum calor durante o dia, mas já se começou a sentir o aroma natalício e a ver o brilho das luzes e cores. Também eu gostaria que este fosse um Natal especial. Depois de tantas lutas, desejos e mudanças, é aqui, a ouvir as gaivotas e a observar o voo das cegonhas, junto à água e debaixo deste céu "azul-mais-azul-não-há", que queremos estar. Agora os três. Sem a Inês que, nesta fase, vive descobertas que lhe vão ditar o futuro. Há dia

(...) os impossíveis só estão à espera de alguém que acredite neles .

Grata pelas coisas simples e luminosas. Grata pelos dias bonitos como o de ontem.  

Guardar os dias de sol, de alegria e harmonia. Deixar para trás os tristes, confusos, cinzentos. Começar de novo.    Está um dia radioso! Temos a Feira de S. Martinho aqui mesmo ao pé. No fim de semana, vamos ao carrocel e às farturas! That's it.

Num mundo com famílias cada vez menores ter primos é bom demais ! Deve ser mais ou menos isto que o Duarte pensa.:-)  Está sempre desejoso de receber os primos.  Tem quatro primos e uma prima.  O primo Manel é o mais próximo em termos de idade e, também por isso, o Duarte fica contentíssimo quando estão juntos. Este fim de semana, entre o sol que aqueceu o sábado e a chuva torrencial de domingo, houve muitos momentos para brincadeiras e correrias. Ter primos com quem se pode partilhar emoções é mesmo fixe!    E, se nós quisermos, é para sempre!

Orgulho e contentamento quando o vejo chegar. 21kms de corrida é obra, para alguém que começou nisto sozinho para ver se era capaz... e já depois dos 45! O sorriso diz tudo.  E confirma o que já me confessou: correr é um grande momento de felicidade.

A vida renova-se...  e pelo meio de  dias menos bons – e de uns quantos muito maus – a vida sorri. 

Ninguém precisa de se engrandecer aos olhos dos outros para ser feliz. Precisamos muito mais da certeza de sermos simples e fortes cá dentro, e de aprender a distinguir o que na vida apenas passa por nós e o que, verdadeiramente, vem para ficar.     Cortei o cabelo.  Voltou o sol e até algum calor.   É quinta-feira e avizinha-se um bom fim de semana mais a sul.  Hoje vou à zumba e isso é sempre (muito) bom. Depois de tempos, tempos vêm.  Relativizar é preciso.  Viver também é preciso.

É em casa que nos curamos das viroses que nos assolaram esta semana ( ao Duarte e a mim ). É em casa que ouvimos e presenciamos as primeiras grandes chuvadas deste outono. É em casa que fazemos os TPCs, que estudamos, que rimos, que choramos e que abraçamos. É em casa que vamos à janela e observamos as alterações das nuvens em cima da serra de Monchique. É em casa que gostamos de ver as nuances de luz sobre o rio e a ponte depois do temporal. É em casa que esperamos pela mana que foi a Lisboa ontem cedinho. É em casa que vemos passar um comboio igual ao que a vai trazer esta noite. É em casa que aguardamos estar todos em forma, já amanhã de manhã, para participar na mamamaratona. É em casa, nesta nova casa, que queremos acolher os dias e as noites que aí vêm.  Mesmo quando há momentos em que as peças parecem não encaixar.  Com jeito vai! E com trovas e declarações de amor.:) 

Seria outono aquele dia...   Mas quem diria ser outono se tu e eu estávamos lá? (Tínhamos sono... Tanto sono! É bom dormir ao deus-dará...) E sobre o banco do jardim, ante a cidade, o cais e o Tejo, seria bom dormir assim, ao deus-dará, como eu desejo... Mas o teu seio é que não quis: tremeu demais sob o meu rosto... Seria Outono aquele dia, nesse jardim doce e tranquilo...? Seria Outono... Mas havia todo o teu corpo a desmenti-lo. David Mourão Ferreira        

... daquelas que fazem valer a pena ter chegado mais a sul: ir logo depois das 8,  antes da entrada na Escola e no CEFP, em passeio à Praia da Rocha.  Nós para cafezar e o Duarte para tomar o seu pequeno almoço, que vem já preparado de casa, pois. :-) Mesmo ali em frente ao mar, agora quase sem ninguém.  Boas sensações matinais que impulsionam os nossos dias.   

É nos dias mais difíceis que confirmo que aquilo que verdadeiramente me importa é a palavra Amor. E que a família é onde a vida começa e o amor nunca acaba. É pois nos momentos de algum desalento que mais acredito nesta frase : Love will find a way.

Na sexta e no sábado, voltámos à Rota do Petisco. Ontem, fomos a Alvito e petiscámos à alentejana.                                                           Isto não está fácil para a linha:-) 

... recorda-se e quer-se mais. Mas, há um tempo para todas as coisas.  

Chegou a hora. O tempo mudou.  E com ele os dias. Semana repleta que começou logo no sábado na Rota do Petisco.  Ferragudo, "Casa Grande", comida apetitosa, boa música ao vivo (como essa aí de cima: ) só faltou ser Caetano mesmo; incrível e para regressar), emoção e memórias.  Cinema para quatro.  A descoberta da Escola nova, os preparativos e adaptações.  Conhecer para gostar.  Agora já está. As minhas idas a Lagos e a Faro.  Trabalho, aprendizagem, formação e outra vez formação.  "A família IEFP", pois.  A Zumba na Academia. As caras novas e as amizades que se esperam.  Aquelas que se descartam.  Algumas incertezas. E muitas vontades. Porque juntos, vamos.

(...) só quem acredita no impossível consegue alcançá-lo.   in " Só se morre uma vez", Rita Ferro Está uma manhã linda.  Vejo o céu azul, um pequeno jardim com alfazema e algumas pessoas a movimentar-se daqui para ali e dali para aqui. São oito e meia da manhã e, apesar de algumas perplexidades inerentes aos novos desafios, não posso deixar de acreditar.  E de gostar de ter chegado mais a sul.  Bom dia!

... é uma palavra de esperança.  Apesar de nada ser assim tão fácil.  Criar novas rotinas, novos espaços, ter novas pessoas na nossa vida.  Aprender novas matérias, interiorizar (muitas) novas temáticas e siglas (porque é que esta gente utiliza tantas siglas??), agir como se tivéssemos 25 anos e este fosse o nosso primeiro emprego! :) Tanto por aprender. Mas está tudo a construir-se e a encaixar-se.  É preciso agradecer.  E continuar sempre.  Keep moving. Nobody said it was easy . And yet... tudo tão incomparavelmente simples quando se olha para as duríssimas realidades que  entram, por estes dias, pelo nosso écran e nos esmagam...

Amanhã, mais um dia D . Para chegar onde é preciso e também onde, acredito,  me esperam.

Pela frente,  ainda tem muito mundo.   Todos os dias trazem alguma coisa.

Entrámos hoje, por fim, na Casa Manuel Teixeira Gomes.  Que bonito e bem aproveitado espaço e que bem nos dá a conhecer esta individualidade, por tantos de nós desconhecida.  De Vila Nova de Portimão para muitas partes do mundo (em particular Europa e Norte de África), Manuel Teixeira Gomes e o seu percurso são inspiradores.     Casa Manuel Teixeira Gomes , local de encontro de culturas e artes é um espaço de inspiração e evocação à vida e obra do Presidente Escritor.   Neste momento, tem também patente a surpreendente Exposição "O Artista e a Terracota", esculturas de Maria Virella .  Gostámos de descobrir mais este bocadinho de magia, na cidade grande, aqui perto de casa, junto ao rio... Para visitar muitas vezes.   O Duarte aprendeu a escrever a palavra escultura:)

... de alguns lugares.  Acho que Silves tem.  Pelo menos tinha no dia em que a visitámos. Seria da Festa Medieval?  Talvez.  A verdade é que, mesmo de manhã, muito antes da Festa, se estava já muito bem. A Inês em dia de folga (que bem precisa, la pauvre :) e bem disposta... ou não estivesse numa terra mourisca e com aromas, sabores e cores dos que ela tanto aprecia. (É o Duarte a querer ir a Paris - fez um desenho com um coração onde escreveu PARIS e colou na porta do quarto- e a Inês a desejar ir, desde sempre, a Marraquexe ou pelo menos a Sevilha! :) Por ora, experimenta-se e revisita-se o encanto das terras mudejares aqui à volta.   Mesmo com um número  excessivo de turistas, como sempre acontece em Agosto... Ainda assim, é possível esta coisa da magia de alguns lugares...

... com música dentro, de novo. Uma melodia, uma dança, quase uma festa: a descoberta desta verdadeira e magnífica "world music" com origem no Brasil.  Sedutora e muito bacana esta Céu.  Amei! :) A música é, indubitavelmente, uma (forte) asa que me ajuda a voar sobre os males do (meu) mundo.

Impossível não gostar. Genuíno, próximo, voz fantástica com a qual parece brincar.  Bonitos poemas, composições harmoniosas e "arranjadas" de maneira meticulosa e grandes músicos.  Que mais se pode querer? Diria que este António se está a transformar no segundo bejense da minha vida! :) E assim, o festival do peixe mais português de Portugal, não podia ter terminado melhor! Que bom que foi fazer parte do imenso coro de vozes que ontem acompanhou Zambujo.  Aqui, a dois passos de casa, mais a sul, junto ao rio...  

No Festival da Sardinha... a ouvir Tiago Bettencourt. Apesar do frio, Maria e Sara aqueceram os corações.

"Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na  escuridão.  Se eu não te amasse tanto assim, talvez não visse flores por onde eu vim, dentro do meu coração." Tem sido um grande companheiro, este amor. Sempre atento, generoso, motivador.  Uma enorme força de vida.  E para a vida.  Love you to the moon and back.

Pela certeza de saber que quando a vida nos trai (e às vezes trai) e as promessas não se cumprem, continu a a existir dentro de nós o sol firme e o céu azul.   Acreditar que vai dar certo .  Porque a vida é o caminho.  "Não repara no mau tempo que o sol já sai".

Mesmo quando me deixas sem dormir até chegares de madrugada, mesmo quando o que me apetece é  zangar-me contigo, mesmo se já não ouvimos juntas a mesma canção, quero que não esqueças que temos uma antiga história de amor. :) E de maneiras que, malgré tout , quero hoje dizer-te: "mesmo que me falte o universo inteiro, nada verdadeiramente me falta" se abres a porta e me sorris, Inês.

que o teu sorriso sempre me consola ...:)

Há momentos em que temos de atravessar o deserto do mundo .  Mas, mesmo nesses momentos, é muito bom saber que é aqui que estamos.  E que conseguimos inventar as asas que nos permitem voar. "Tenho pena dos homens que não têm asas para voar por cima das coisas más." A Fada Oriana , Sophia de Mello Breyner Andresen

... junto aos terraços do rio.  Os quatro a jantar sopa de peixe e depois arroz de marisco na  Teca de Sardinha.   Deliciosos sabores do mar.  Atendimento do mais simpático que se pode querer. A beleza da paisagem e a certeza da lua cheia. Há momentos em que o relógio podia parar... aqui a sul, junto ao rio.

A ouvir as gaivotas com o vento a bater-me na cara. À descoberta. À espera. À espreita.     À espreita está um grande amor/mas guarda segredo...

Nenhuma alma com um mínimo de sen­si­bi­li­dade pode ficar indi­fe­rente à geni­a­li­dade de Ben­jamin Cle­men­tine.

Saí de casa antes das sete e um quarto e fui caminhar junto ao rio.  Andei durante 45 minutos sem parar e voltei às oito em ponto, já com calor.  O Luís foi trabalhar e saiu a pé, logo depois de eu ter chegado.  O rio é lindo de manhãzinha e até a alma fica limpa de coisas mais impuras.  Fez-me bem caminhar.  Ao corpo e à cabeça.  Ando com alguns pensamentos que me deixam um bocadinho nervosa.  Mas vou mais dentro de mim, onde estão aquelas forças adormecidas,  e reajo.  Tem de correr bem. O resto da casa ainda dorme.  O Duarte é a primeira vez que vai acordar depois das nove nestes dias mais a sul. Acho que está a começar a curtir a cama nova!  A Inês, que faz todos os dias oito horas de trabalho quase seguidas (apenas com uma pausa de meia hora para jantar), chega a casa depois da meia noite e meia e só acorda lá para o meio dia.  Vida (muito) nova! Ainda não são nove e meia e já tenho o almoço quase preparado.  Agora sempre refeições mais frescas e menos pesadas.  Daqui de o

" mais qu e amar, é preciso escolher amar. que são coisas diferentes. porque amar é apenas esse vício espontâneo, entre risos e vontades . já escolher amar é uma decisão permanente: é assumir um compromisso que tem de aguentar os momentos bons e os maus. os favores do destino - quando nos juntam, e os contratempos da vida - quando nos separam." momentos Música e palavras de amor.  O binómio mais que perfeito. Mesmo quando acontecem desencontros.   Não é fácil dar um lugar novo a tantas partes da nossa vida. Não é fácil dar-lhes um lugar onde elas fiquem também a pertencer.   Mas vivemos sempre com alguma coisa para a frente.  E assim vamos.

O lado feliz dos novos ciclos é o de voltar a acreditar... Créditos da foto: Duarte Monteiro:-)          ...n a sala e no corredor continua a haver muitos caixotes... Ca nseira!

E depois há os outros dias.  Aqueles em que ficamos extenuados.  Como é possível termos tantas coisas, apesar das que deixamos para trás?   O Luís chegou ontem de Alvito quase à meia-noite e esta manhã, às oito, os homens das mudanças trouxeram - finalmente - tudo o que estava por trazer.  Chegar mais a sul.  Na verdade, vamos chegando. Hoje estamos muito cansados.  Mas amanhã há-de ser um dia melhor.  E já agora menos quente!  Onde é que já se viu tanto calor no "mê" Algarve?  E nós a "perder" mergulhos na água do mar que este ano está m-a-r-a-v-i-l-h-o-sa!  Chegar mais a sul.  Às vezes tem de resumir-se a um estado de espírito.  Trabalhar, acreditar e esperar.  O resto vem. Duarte e o pai a cuidarem que a sua construção não seja levada pela maré que enche:-)

" Se pudesse ter uma vida paralela, gostaria de ter a vida de um caracol, carregando comigo a casa e plantando-a onde houvesse sol e silêncio, onde houvesse mar e espaço, onde houvesse tempo e distância.  Onde houvesse essa improvável e louca hipótese de ser feliz fora do mundo. " //Miguel Sousa Tavares O primeiro livro desta nova vida é este: "Não se encontra o que se procura". " (...) viver é largar e seguir em frente ". E viajar para dentro de nós, em primeiro lugar. São bons os dias em que nos sentimos próximos da beleza.     

Desde esta tarde, temos de novo internet em casa! Uau! As novidades desta semana e meia são já bastantes e contudo ainda há tanto por fazer! Já temos na casa nova - onde a cidade encontra o rio:) - praticamente tudo o que nos faz falta. As férias estão a ser diferentes, exactamente por estarmos de férias, mas em casa. E a trabalhar... sort of .  Acaba por ser bom ainda assim, porque se sente que a vida avança e as coisas começam a tomar o seu rumo. Entretanto, já fomos a três praias, à "nossa" piscina, passeámos pela avenida junto ao rio (que começa aqui mesmo em frente a casa), fizemos algumas visitas de reconhecimento à cidade e ouvimos as gaivotas e cegonhas.  Curiosamente, por aqui há chaminés de antigas fábricas de conservas, onde as cegonhas habitam e convivem de perto com as gaivotas.  O rio corre, a maré enche e vaza e, diariamente,  tudo segue o seu curso estival.  Uns dias, o sueste abrasador, outros dias a fresca nortada. Os cheiros a maresia e a sardinha ass

Chegámos mais a sul há uma semana.  Já aconteceram tantas coisas.  Algumas muito boas, outras assim assim. Mudar implica inúmeras acções... e sobretudo muito querer e trabalho.  Hoje regressámos a Alvito e vamos, finalmente, deixar esta casa com eco.  Vazia de pessoas e objectos, mas com muitas memórias.  De risos e choros.  De conquistas e desalentos. De silêncios e de gritos.  De vida intensamente saboreada e, por vezes, também rasgada. O regresso aqui faz-nos confirmar que queremos voltar mais a sul amanhã.  E assim vamos.  Já chegámos.  Mas ainda temos tanto caminho à nossa frente!

Gosto de ter chegado a Alvito atrás de um sonho. Não gosto de sentir que, por vezes, a realidade é afinal distante. Gosto de pensar que ainda posso viver o tal sonho. Gosto de gostar de Alvito. Não gosto de, às vezes, ser obrigada a não gostar. Não gosto de não poder dizer o que penso. Gosto de lutar por aquilo em que acredito . Não gosto de não poder acreditar em certas pessoas. Gosto do céu muito azul das manhãs de primavera em Alvito. Gosto das cores das flores na primavera de Alvito. Gosto dos vizinhos da minha rua e também de outros de outras ruas que não a minha. Gosto de ver o Castelo da minha janela. Gosto de viver numa vila com Castelo . Não gosto de pensar que os Alvitenses vivem à sombra do Castelo. Gosto muito da lua cheia e intensa a espreitar no céu negro do meu quintal. Gosto das luzes da Matriz e de S. Sebastião. Não gosto da falta de luz de Sta. Luzia e Sto. António. Gosto de descer em passo de corrida a Rua do Salvador e atravessar o Rossio e as Alcaçarias ao

Beleza rara. Música mágica e no tom. Como um poema de Drummond. Depois do turbilhão de emoções (mais um) que foi este dia, fiquei em paz.   " There is always something left to love.” Gabriel García Márquez Caminhar sem perder o foco.

O dia a dia sózinha com eles e as suas diferenças de idade tem-me dado que fazer nestes seis meses a solo .  São ambos gente obstinada e cheia de certezas ou não fossem desse signo que dizem que tem isso tudo...e mais! Ufa, que aturar dois carneiros é dose! Mas depois, há sempre um momento em que ficam serenos.  E então, olho para ambos e lembro-me de uma das músicas das nossas vidas.  E alguma coisa acontece no meu coração ... e gosto muito de ver os meus leõezinhos:)  Apesar de serem um bocado crazy são eles que acertam e orientam o meu mundo.