Alguns dias sem vir aqui. Faz-me falta, mas o tempo agora parece não ser suficiente. Muitos preparativos para chegar mais a sul. Muitos pensamentos a ocupar-me os dias. Muitos dias repletos de meses dentro. E tantas alterações que é preciso fazer acontecer. De moradas, de escolas, de empregos, de destinos. E de vidas - as nossas - que não cabem dentro de caixas...
Vai ser mais um mês difícil. Talvez o pior de todos, após o início deste percurso.
Já sinto o rio, já antevejo o mar, já só penso em sal, sol e areia. E gaivotas nas manhãs e nas tardes. E nortada e sueste. E mar calmo e mergulhos. E cheiro a maresia. Contudo, o caminho que percorro entre o Castelo, o Pelourinho, a Praça e o Relógio continua a cada dia. E as horas, implacáveis, parecem não passar. Entre cá e lá. São momentos de incontornáveis balanços. De gosto/não gosto.
Não consigo deixar de interrogar-me sobre qual a bagagem emocional que vou deixar para trás e sobre que memórias e/ou pessoas me são importantes para poder continuar a fazer a minha viagem...
A minha certeza? Apenas que desejo, com todas as forças, que possamos dedicar mais momentos dos nossos dias a algo que nos acrescente e não a algo que nos retire. Que continuemos juntos. Eles na minha vida e eu na deles. E isso já é tanto.
De toda a bagagem emocional que deixas, talvez a mais importante seja a lembrança do local onde o Duarte aconteceu.
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