Avançar para o conteúdo principal

em jeito de balanço...

... soubesse eu escrever assim: 

«Penso muito na minha vida. Penso sempre. Faço balanços. Nada me sobra do que é mau. Criei esta capacidade nos últimos tempos. Nada do que me agride, nada do que me possa fazer chorar, fica guardado. Nesta minha procura de mim, consegui sorrir e seguir em frente. Consegui-o à custa de muita dor. Cada um de nós cresce na tristeza. Eu ganhei uma força que não julgava ter. Se sou inquebrável? Não. Quebro todos os dias. Tenho dúvidas, medos, críticas, avaliações, momentos. Pergunto mil vezes a mim mesma se estou a fazer bem. Se o que devolvo à vida é suficiente perante o que ela me deu. E descubro que a vida só dá a cada um de nós o que conseguimos fazer. O que para muitos são conquistas valiosas, para mim são apenas passos. Passos de um caminho que escolhi (ou que me escolheu). E, por isso, é o meu. Feito de erros. Sei tão bem quando erro. Mas sigo em frente. E talvez seja esse o segredo. Não me demoro no menos. A vida é muito mais.» | cf |


Comentários

Mensagens populares deste blogue

sete mil milhões de outros...

Há coisas em que realmente acredito.  Uma delas é que o ódio e a intolerância são "doenças contagiosas" e que só conduzem ao sofrimento.  Acredito que nos tornámos muito moralistas mas que, no nosso quotidiano, demonstramos poucas virtudes.  Acredito que não devemos preocupar-nos com o género ou a cor da pele ou com a forma como os outros vivem a sua felicidade. Acredito que o que interessa é saber como é que as pessoas se ajudam umas às outras caso se sintam aflitas. Acredito que há sete mil milhões de outros, com os mesmos anseios, as mesmas emoções e os mesmos direitos.  Acredito que respeito e tolerância são a resposta para muitos dos problemas que hoje sentimos. Procuramos transmitir estes pensamentos e atitudes aos nossos filhos.  Creio que estamos a conseguir.  Há uns meses, quando fomos a Lisboa visitar esta exposição, passámos um dos melhores dias dos últimos meses. Em família.  E a aprender que é preciso relativizar os nossos peque...

sete mil milhões de outros...

Fui à procura do texto abaixo que escrevi há mais de um ano. Hoje, continuo a acreditar em cada uma destas palavras. Hoje, mais do que meras palavras, a nossa experiência também fala. O que é realmente importante? Gostar dos outros e respeitá-los; gostar que gostem de nós e que nos respeitem. Há coisas em que realmente acredito. Uma delas é que o ódio e a intolerância são "doenças contagiosas" e que só conduzem ao sofrimento. Acredito que nos tornámos muito moralistas mas que, no nosso quotidiano, demonstramos poucas virtudes. Acredito que não devemos preocupar-nos com o género ou a cor da pele ou com a forma como os outros vivem a sua felicidade. Acredito que o que interessa é saber como é que as pessoas se ajudam umas às outras caso se sintam aflitas. Acredito que há sete mil milhões de outros, com os mesmos anseios, as mesmas emoções e os mesmos direitos. Acredito que respeito e tolerância são a resposta para muitos dos problemas que hoje sentimos. Procuramos ...

destes dias....

Chegámos mais a sul há uma semana.  Já aconteceram tantas coisas.  Algumas muito boas, outras assim assim. Mudar implica inúmeras acções... e sobretudo muito querer e trabalho.  Hoje regressámos a Alvito e vamos, finalmente, deixar esta casa com eco.  Vazia de pessoas e objectos, mas com muitas memórias.  De risos e choros.  De conquistas e desalentos. De silêncios e de gritos.  De vida intensamente saboreada e, por vezes, também rasgada. O regresso aqui faz-nos confirmar que queremos voltar mais a sul amanhã.  E assim vamos.  Já chegámos.  Mas ainda temos tanto caminho à nossa frente!