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do amor e do envelhecimento...

O amor, tal como o entendo, não pode ser fast food. É outra coisa. Carece de outro tempo. De outra paciência. Requer um semear cuidado, requer rega, adubo, e sobretudo tempo. Tempo para ver nascer, crescer e florescer o sentimento mais belo de todos. Amor é a amizade sublimada, depurada, envelhecida como um bom vinho. Quem vive sempre em busca da exaltação nunca consegue chegar a entender - e a conhecer - o verdadeiro amor.

(...) esta é a citação principal de um excerto da entrevista de Ruy de Carvalho que, além de um grande actor, é um grande senhor. Devíamos todos poder ouvi-lo mais vezes. E aprender.

"Amar é envelhecermos juntos. A maior parte não envelhecem juntos. Não são capazes de chegar ao fim da vida com o mesmo amor que tinham quando casaram. Não é fácil. Não é fácil viver em casamento. A parte que normalmente é dominante inicialmente é a parte física, é a parte sexual. (...) Mas há muita gente que não pensa que 23 horas e meia são para viver a vida. Com maus cheiros, com doenças, com ir à casa de banho, com mau hálito, com ressonar a dormir... há muita coisa que faz parte do casamento. Isso tem que ser pensado. Que essas coisas acontecem. Porque o tal momento muito bom... esse é muito bom. Mas é preciso que outros sejam muito melhores, depois."

/ retirado do blog http://coconafralda.sapo.pt/

Recomeçar. Acreditar. Querer.  Lutar.  O resto vem.

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