Ontem, tirei algumas fotos do baú.
As que vi em maior número mostravam laços de sangue. Intemporais.
E confirmei que a nossa melhor obra foi esta: tê-los tornado irmãos.
Os irmãos não prometem amar-se na saúde e na doença até que a morte os separe. Não precisam: quer prometam quer não, quer queiram quer não, é mesmo assim que vão viver. Com os irmãos, ao contrário do que acontece com todas as outras pessoas, também não precisamos de falar: basta estar. Se falarmos e rirmos uns com os outros, melhor, é uma espécie de bónus; se discutirmos, melhor ainda: quer dizer que podemos, quer dizer que somos tão irmãos que até podemos discutir violentamente e continuar a ser irmãos. Até ao fim. (Inês Teotónio Pereira)
Comentários
Enviar um comentário