Os dias têm sido feitos de emoções contraditórias.
O trabalho com pessoas em situações difíceis... que fazemos por ajudar.
Os filhos a alterarem os seus paradigmas. E nós forçados a mudar os nossos.
O regresso do frio e a falta de sol. O tempo que passa e não dá tréguas.
As pequenas aflições do quotidiano. Aqueles momentos de sentidos (e sentimentos) imensamente despertos.
Os instantes, às vezes dolorosos, que não vêm até nós por acaso.
Depois, também há coisas (aparentemente) sem importância que nos reconciliam com a vida. Uma boa conversa. Um copo de vinho ao final da tarde. Ir para a cama sem despertador. A aula de zumba. Rirmos sem sentido aparente. O aroma do chá acabado de fazer. Uma música que apetece cantar. Uma declaração de amor. Andar (ainda) de mão dada na rua. Um verdadeiro e prolongado abraço.
Nestes dias, esta podia ser parte da lista dos meus desejos: Agirmos como se fôssemos todos uma grande família em que não se compete pela sobrevivência e onde todos têm as necessidades básicas garantidas. Ter tempo. Resistir ao ruído permanente.
Imaginar, viajando, existindo.
Às vezes é apenas isso. Andamos em círculos, em círculos, em círculos, à procura, e está tudo aqui.
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