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Até ao verão....

Estou à espera do estio, da reinvenção, das cores e do movimento.
Para este fim, a música e a poesia são um verdadeiro milagre! Ou a confirmação de que “Deus” ainda não desistiu da humanidade…

Deixei na Primavera o cheiro a cravo
Rosa e quimera que me encravam
Na memória que inventei
E andei como quem espera p'lo fracasso
Contra mazela em corpo de aço
Nas ruelas do desdém

E a mim que importa se é bem ou mal
Se me falha a cor da chama a vida toda, é-me igual
Vim sem volta, queira eu ou não
Que me calhe e vida insana e vá sem boda até ao Verão

Deixei na primavera o som do encanto
Risa, promessa e sono santo
Já não sei o que é dormir bem
E andei pelas favelas do que eu faço
Ora tropeço em erros crassos
Ora esqueço onde errei


(Letra e música de Márcia Santos)
 

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