Tento sempre que os meus dias comecem com o pensamento seize the day. Digo muito, mesmo só para os meus botões: carpe diem! Acontece que, não raras vezes, sou derrubada pelos acontecimentos dos dias que quero aproveitar. Hoje aconteceu. Foi um dia cinzento e confuso em que o meu lado lunar acabou por vencer o outro lado... aquele que, ainda de manhã, me segredara: seize the day!
Nesta nova aventura diária de estar sozinha com os meus filhos, sem o Luís por perto para poder partilhar, torna-se complicado ter sempre pensamentos positivos, ser resiliente, manter a serenidade e o foco no caminho a seguir. Sinuoso é pois o trilho, em muitos momentos.
Janeiro, fevereiro e março foram meses difíceis, apesar de eu ter querido, diariamente, estar forte e sorridente. Acho que até consegui quase sempre, mas começaram a aparecer algumas marcas de cansaço. Também porque comecei a perceber que certas pessoas e circunstâncias, desencadearam em mim sensações estranhas de tristeza e vazio.
Certo é que já nada é como dantes.
Contudo, não sou pessoa de conseguir cortar laços repentinamente ou de poder alhear-me. E isto de treinar o desapego, não é fácil. Por outro lado, não posso deixar de dizer o que me sai cá de dentro. Às vezes (muitas vezes) sem muitos filtros ou medidas. Agitar as águas e não dizer sempre sim, mais do que um lema de vida, faz parte da minha essência e tem vindo a "apurar-se" com o passar dos anos.
Ir vai ser o melhor remédio. Abraçar quem quer abraços, fruir a beleza dos dias que são cada vez maiores, deixar para trás os momentos cinzentos, aproveitar a vida. E tentar não deixar nada por fazer, nem nada por dizer.
a vida é uma forma de arte
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