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"Há por aqui segredos que o tempo não desvendará nunca."

Este ano escolhemos julho para as férias maiores.  
O Duarte já não vai para nenhum ATL (normalmente fecham 15 dias em agosto) e, por isso, já é possível ter férias no mês anterior à confusão maior e aos preços impossíveis.

Decidimos ir para fora cá dentro e dar a conhecer ao Duarte alguns locais onde já tinhamos estado com a Inês, há mais de 10 anos.  Revisitar é um verbo que gostamos de conjugar.

Como o principal destino era Braga e a deslocação de Portimão até aquela cidade é demorada, pensámos - também a bem do Duarte e, por conseguinte, dos nossos ouvidos - pernoitar numa terra (a meio caminho) da qual guardamos boas recordações: Tomar.

No fim de semana seguinte à Festa dos Tabuleiros, chegámos à cidade templária.    Atravessada pelo rio Nabão tem, no jardim próximo do Hotel dos Templários, um dos pontos de atração.  Tivemos a sorte de estar a decorrer uma pequena demonstração de alguns dos saberes de cavaleiros da Ordem.  Miúdos e graúdos a conviver, gente jovem da associação templária a dar continuidade aos usos e tradições da região e a possibilidade de perceber um pouco da essência daquele lugar.

Tomar é terra mágica e conta histórias manuelinas e de crenças religiosas.  Tem o Convento de Cristo, um Castelo, uma Igreja Matriz esplêndida,  a escultura de Gualdim Pais, a lenda de Santa Luzia... Espreitámos um pouco desta grandeza  que desvenda segredos, em espaços onde teremos de regressar mais vezes.

Por ser só uma noite, experimentámos uma Guest House e gostámos francamente.  Limpa, tranquila, espaçosa, com uma decoração agradável e com um bom pequeno almoço.  Excelente a relação preço-qualidade na Thomar Story | Guest House, ali mesmo ao pé do  Centro de Arte e Imagem, em pleno centro histórico.

O jantar foi igualmente bom, numa Cervejaria (da qual não guardei o nome) na rua que antecede a praça principal.  Encontrada por acaso, percebemos que tinha bons petiscos a um preço simpático.  Comemos uma bem temperada e generosa salada de ovas e  tenríssimos pregos no pão.  Saboreámos um espantoso Queijo de Tomar e acompanhámos tudo com o vinho branco "da casa",  da região de Lisboa e Vale do Tejo, que cumpriu na perfeição.

Primeiro dia de férias intenso e marcante. Para nós, a emoção de voltar a um lugar onde somos felizes.  Para o Duarte, a aprendizagem sobre um novo local onde (também) existem coisas giras. 

Aqui foi muito fixe!  Bora lá para Braga, disse ele.









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