Eis que fomos ao Circo. Não um Circo "qualquer", tradicional e clássico, daqueles de que não gosto muito, talvez por não guardar memórias de idas ao Circo na infância... Este foi promovido por um projeto de Artes Cénicas, o "Lavrar o Mar" , o cenário escolhido foi Monchique e o convite partiu da minha colega (amiga) Vera, o que completou o trinómio que me convenceu a subir a Serra ontem à noite. E ainda bem que fomos. Que surpresa fantástica, que espetáculo! Que equipa, a akoreacro ! Assistimos a um "concerto" com acrobacias, apreciámos (muito) os virtuosíssimos músicos e acrobatas e presenciámos, pela primeira vez, aquilo que se desiga como novo circo . Técnica, talento, originalidade, sensibilidade. Corpo e alma num só, por vezes a arrepiar. Momentos poéticos e revestidos de uma loucura maravilhosa. Agradou a miúdos e graúdos e remeteu-nos para a magia e para a arte, nesta quadra que apela a que se procure luz, sonho e emoção...
o sonho é o que temos de realmente nosso (Fernando Pessoa)